terça-feira, 30 de novembro de 2010

BOA LEITURA!!

Violão
CARLEVARO, Abel, Escuela de la guitarra, Buenos Aires, Barry, 1979.
DUDEQUE, Norton, História do Violão, Curitiba: Editora UFPR, 1994.
CHEDIAK, Almir, Dicionário de Acordes Cifrados, São Paulo: Irmãos Vitale s/a, 1984
Rivas, Fernando, "Como Acompañar con la Guitarra", Madrid: Rivera, 2006


Música em Geral
FRAGA, Fernando e Blas Matamoro, "A Ópera", São Paulo: Angra, 2001.
CAMPOS, Augusto de, Música de Invenção, São Paulo: Perspectiva, 1998.
BARRAUD, Henry, Para compreender as músicas de hoje, São Paulo: Perspectiva, 1997
FREITAG, Léa Vinocur, Momentos de Música Brasileira, São Paulo: Livraria Nobel, 1985.
CHEDIAK, Almir, Harmonia e Improvisação, Vol. I e II, São Paulo: Lumiar Editora, s.d.

Biografias
DREYFUS, Dominique, O Violão Vadio de Baden Powell, São Paulo: 34, 1999.
VELOSO, Caetano, Verdade Tropical, São Paulo: Companhia das Letras, 1997.
DREYFUS, Dominique, Vida de Viajante: A Saga de Luis Gonzaga, São Paulo: 34, 1996.
ANTÔNIO, Irati, Regina Pereira, GAROTO: Sinal dos tempos, Rio de Janeiro: Funarte, 1982
MARIZ, Vasco, Três musicólogos brasileiros, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira: 1994.
FROES, Marcelo, Jovem Guarda, São Paulo: 34, 2000.

História da Música
GROUT, Donald & C. V. Palisca, História da Música Ocidental, Lisboa: Gradiva, 1994
CAMPOS, Augusto de, Balanço da Bossa e outras bossas, São Paulo: Perspectiva, 1986
KIEFFER, Bruno, História e Significado das formas musicais, Porto Alegre: Movimento, 1990
KIEFFER, Bruno, História da Música Brasileira - dos primórdios ao início do séc. XX, Porto Alegre: Movimento, 1997.
CAZES, Henrique, CHORO: Do Quintal ao Municipal, São Paulo: 34, 1998
ANDRADE, Mário de, Pequena História da Música, Belo Horizonte: Itatiaia, 1980.
CARPEAUX, Otto Maria, Uma nova História da Música, São Paulo: Ediouro.
MARIZ, Vasco, História da Música no Brasil, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,1983.
MORAES, José Geraldo Vinci de, Sonoridades Paulistanas, Rio de Janeiro: Ed. Bienal/Funarte, 1997.
SEVERIANO, Jairo, Zuza Homem de Mello, A canção no tempo, 2 vol., São Paulo: 34.
TINHORÃO, José Ramos, História Social da Música Popular Brasileira, São Paulo: 34, 1998.
TINHORÃO, José Ramos, Música Popular - do Gramofone ao Rádio e TV, São Paulo: Ática, 1981.
TINHORÃO, José Ramos, Música Popular - os sons que vêm da Rua.
TINHORÃO, José Ramos, Música Popular - um tema em debate, São Paulo: 34, 1997.
ALVES, Bernardo, A Pré-História do Samba, Ed. do autor.

Métodos
PINTO, Henrique, Ciranda das 6 cordas, São Paulo: Ricordi.
PINTO, Henrique, Iniciação ao Violão, São Paulo: Ricordi.
PINTO, Henrique, Curso Progressivo de Violão (Nível Médio) para 2º, 3º e 4º ano, São Paulo: Ricordi.
PINTO, Henrique, Técnica da Mão Direita, São Paulo: Ricordi.
Rivas, Fernando, Mi Primer cuaderno de Guitarra, Madrid: Real Musical

Fonte: http://www.violaomandriao.mus.br

III Mostra Cultural do CECAP

Música celeste

Por um momento, imagine a grandeza do Cosmos.
Estimam os cientistas que, há quase 14 bilhões de anos, houve uma explosão de luz e nasceu o nosso Universo.
A ciência chama a isso de Big Bang. Para os espiritualistas, ali está a presença de Deus, criando todas as coisas, pronunciando as doces palavras: Que se faça a luz!
E a luz se fez: bilhões e bilhões de sóis passeiam, solenes, na sinfonia dos mundos.
Em torno desses sóis, trilhões de planetas, satélites e asteróides executam a dança silenciosa das harmonias celestes.
Giram planetas sobre si mesmos. Giram em torno de sóis. Giram os sóis e seu cortejo acompanhando o caminhar das galáxias. Ritmo e graça em toda parte.
Aqui e ali, um cometa - asteróide obscuro - se aproxima de uma estrela. E de repente é invadido pela luz.
Eis que se acende inteiro, como um fósforo cósmico. Então se vai, arrastando sua cauda de poeira e gás, a semear a vida pelos mundos.
Mas, em um desses trilhões de planetas, sob a luz amarela de um sol, os moradores de um certo planeta - a Terra - se orgulham de ser maiores que os demais.
Vista do espaço, a Terra é um pequeno grão de areia, lindo, que passeia seu azul pelo espaço infinito.
Mas seus habitantes são como crianças: brigando sempre, acreditando-se senhores da vida, donos dos céus.
Ah, se pudéssemos nos ver no conjunto do Universo, minúscula gota no grande oceano da Criação!
Certamente seríamos mais humildes. Não daríamos tanta importância aos pequenos problemas do dia a dia.
Talvez fosse mais fácil perdoar, esquecer, apagar as mágoas.
Se víssemos nosso Mundo como translúcida bolha de sabão que flutua em meio ao pontilhado das estrelas, quem sabe aprenderíamos a reverenciar mais a obra Divina.
* * *
Estenda os seus olhos para o espaço. Nas luzes azuis que piscam a milhares de anos-luz, veja a assinatura do Grande Criador de todas as coisas.
Deus, nome Divino que enche de luz e de música as nossas existências pálidas.
Deus, quanta grandeza em Ti, sublime Pai de todas as coisas.
Deus, ao Teu sopro de vida, nascemos como Espíritos. Cumprindo Tuas leis, mergulhamos no corpo tantas vezes e construímos uma trajetória em que as experiências se somam e nos enriquecem de sabedoria.
Senhor, eis-nos aqui. Somos Tuas crianças, que dirigem para Ti olhos confiantes. Se ainda somos tolos, se ainda somos frágeis, ensina-nos a ser fortes e sábios.
Inspira-nos ainda uma vez a lição da fraternidade universal. Para que o amor faça morada em nós.
Inspira-nos para que a alegria nos contagie a alma. Para que a paz se asile em nossa casa mental.
Para que sejamos dignos de ser chamados filhos Teus.
* * *
Os mundos são estâncias do Reino de Deus, esperando por nós, viandantes em marcha para a perfeição.
Como os países, cidades e aldeias de um mesmo continente, os mundos dos espaços siderais são variadas escolas de progresso tecnológico, intelectual e moral.
Moradas da Casa do Pai no imenso Universo que ainda nos cabe descobrir, explorar, admirar.

Redação do Momento Espírita. Disponível no livro Momento Espírita, v. 7, ed. Fep.

domingo, 28 de novembro de 2010

Apresentações de Natal Dez/2010

Dia 11 de dezembro às 10:00h.

Professor: Vander Gonçalves
Participações nas apresentações: Gustavo Faquin (Vander Gonçalves Aula de Música), Luana Luciano (CECAP) e Dafini dos Santos Pacheco (CECAP).
Local: Escola de Música Gênios do Teclado
Referência: Rua Manoel Ribas 1581.
Maiores informações: 44 91246039 – Blog http://vandergoncalves.blogspot.com
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Dia 13 de dezembro às 20:00h.

Professor: Vander Gonçalves
Participações nas apresentações: Gustavo Faquin (Vander Gonçalves Aula de Música), Luana Luciano (CECAP) e Dafini dos Santos Pacheco (CECAP).
Local: Play Music Instrumentos Musicais
Referência: Rua Manoel Ribas (em frente a CAPEL.)
Maiores informações: 44 91246039 – Blog http://vandergoncalves.blogspot.com
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Dia 20 de dezembro às 20:00h.

Professor: Vander Gonçalves
Participações nas apresentações: Gustavo Faquin (Vander Gonçalves Aula de Música), Luana Luciano (CECAP) e Dafini dos Santos Pacheco (CECAP).
Local: Play Music Instrumentos Musicais
Referência: Rua Manoel Ribas (em frente a CAPEL.)
Maiores informações: 44 91246039 – Blog http://vandergoncalves.blogspot.com





® 2010-2011 Projeto Música e Cidadania – Vander Gonçalves © 44 9124-6039 - Parceiros: Ferragens Vitória, Podium Alimentos, Gênios do Teclado, Play Music, Vander Gonçalves Aulas de Música, ASAFIL Paranavaí e CECAP Paranavaí.

Orquestra Jovem de Violões - "La Fille Mal Gardée 15 e 16/11/2010 - Foto Flash Total."




Orquestra Jovem de Violões

sábado, 27 de novembro de 2010

Bibliografia referêncial para o Vestibular de Música

Bibliografia referencial:

FONTERRADA, Marisa Trench de Oliveira. De tramas e fios: um ensaio sobre música e educação. São Paulo: Editora UNESP, 2005.
GUEST, Ian. Arranjo: método prático. Almir Chediak, 1950-2003 (Ed.). 6 ed. Rio de Janeiro: Lumiar, c1996. v.1. 153 p.
HINDEMITH, Paul. Treinamento elementar para músicos. São Paulo: Ricordi do Brasil, 2004.
LIMA, Marisa Ramires Rosa de; FIGUEIREDO, Sérgio Luiz Ferreira de. Exercícios de teoria musical: uma abordagem prática. São Paulo: Embraform, 2004.
MED, Bohumil. Teoria da Música. 4. ed. rev. e ampl. Brasília: Musimed, 1996.
PAZ, Ermelinda A. Pedagogia Musical Brasileira no Século XX: Metodologias e Tendências. Brasília: MusiMed Editora, 2000.

Naquele Tempo...

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Reco-reco

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Reco-reco (também raspador, caracaxá ou querequexé) é um termo genérico que indica os idiofones cujo som é produzido por raspagem. No Brasil, a forma mais comum é constituída de um gomo de bambu ou uma pequena ripa de madeira com talhos transversais. A raspagem de uma baqueta sobre os talhos produz o som.
Outro tipo de reco-reco consiste numa caixa de metal com duas ou três molas de aço esticadas sobre o tampo, contra as quais é friccionada uma baqueta de metal. Nesse modelo, é possível utilizar-se da reverberação prolongada nas molas após a fricção ou abafá-las com a mão que segura a caixa. Em alguns modelos, a caixa possui um orifício inferior, permitindo que o instrumentista altere a reverberação interna ao tampar e destampar o orifício, semelhantemente ao que é feito com a cabaça de um berimbau.
Existem ainda diversos modelos de reco-reco, desde os mais simples, como os raladores nos quais se esfrega uma baqueta metálica, até os mais complexos, como o amelê baiano, constituído de uma pequena caixa de madeira com uma mola de aço estendida, que é friccionada por tampinhas de garrafa enfiadas em uma vareta de ferro.
No Brasil, um dos maiores especialistas nesse instrumento é o paulista Carlos Stasi, que desenvolveu pesquisa de mestrado e doutorado a respeito de reco-recos e atua como percussionista, dentre outros grupos, do Duo Ello, ao lado do percussionista Luiz Guello.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

O CECAP estava lá

Adoniran Barbosa


João Rubinato,(Valinhos, 6 de agosto de 1910 — São Paulo, 23 de novembro de 1982), mais conhecido como Adoniran Barbosa, foi um compositor, cantor, humorista e ator brasileiro. Rubinato representava em programas de rádio diversos personagens, entre os quais, Adoniran Barbosa, o qual acabou por se confundir com seu criador dada a sua popularidade frente aos demais.
Biografia
Rubinato era filho de Ferdinando e Emma Rubinato, imigrantes italianos da localidade de Cavárzere, província de Veneza. Aos dez anos de idade, sua certidão de nascimento foi adulterada para que o ano de nascimento constasse como 1910 possibilitando que ele trabalhasse de forma legalizada: à época a idade mínima para poder trabalhar era de doze anos.
Abandonou a escola cedo, pois não gostava de estudar. Necessitava trabalhar para ajudar a família numerosa - Adoniran tinha sete irmãos. Procurando resolver seus problemas financeiros, os Rubinato viviam mudando de cidade. Moravam primeiro em Valinhos, depois Jundiaí, Santo André e finalmente São Paulo.
Em Jundiaí, Adoniran conhece seu primeiro ofício: entregador de marmitas. Aos quatorze anos, ainda criança, o encontramos rodando pelas ruas da cidade e, legitimamente, surrupiando alguns bolinhos pelo caminho. "A matemática da vida lhe dá o que a escola deixou de ensinar: uma lógica irrefutável. Se havia fome e, na marmita oito bolinhos, dois lhe saciariam a fome e seis a dos clientes; se quatro, um a três; se dois, um a um".
O compositor e cantor tem um longo aprendizado, num arco que vai do marmiteiro às frustrações causadas pela rejeição de seu talento. Quer ser artista – escolhe a carreira de ator. Procura de várias maneiras fazer seu sonho acontecer. Tenta, antes do advento do rádio, o palco, mas é sempre rejeitado. Sem padrinhos e sem instrução adequada, o ingresso nos teatros como ator lhe é para sempre abortado. O samba, no início da carreira, tem para ele caráter acidental. Escolado pela vida, sabia que o estrelato e o bom sucesso econômico só seriam alcançados na veiculação de seu nome na caixa de ressonância popular que era o rádio.
O magistral período das rádios, também no Brasil, criou diversas modas, mexeu com os costumes, inventou a participação popular – no mais das vezes, dirigida e didática. Têm elas um poder e extensão pouco comuns para um país rural como o nosso. Inventam a cidade, popularizam o emprego industrial e acendem os desejos de migração interna e de fama. Enfim, no país dos bacharéis, médicos e párocos de aldeia, a ascensão social busca outros caminhos e pode-se já sonhar com a meteórica carreira de sucesso que as rádios produzem. Três caminhos podem ser trilhados: o de ator, o de cantor ou o de locutor.
Adoniran, aprendiz das ruas, percebe as possibilidades que se abrem a seu talento. Quer ser ator, popularizar seu nome e ganhar algum dinheiro, mas a rejeição anterior o leva a outros caminhos. Sua inclinação natural no mundo da música é a composição mas, nesse momento, o compositor é um mero instrumento de trabalho para os cantores, que compram a parceria e, com ela, fazem nome e dinheiro. Daí sua escolha recair não sobre a composição, mas sobre a interpretação.
Entrega-se ao mundo da música. Busca conquistar seu espaço como cantor – tem boa voz, poderia tentar os diversos programas de calouro. Já com o nome de Adoniran Barbosa – tomado emprestado a um companheiro de boêmia e de Luiz Barbosa, cantor de sambas, que admira – João Rubinato estreia cantando um samba brejeiro de Ismael Silva e Nilton Bastos, o Se você jurar. É gongado, mas insiste e volta novamente ao mesmo programa; agora cantando o belo samba de Noel Rosa, Filosofia, que lhe abre as portas das rádios e ao mesmo tempo serve como mote para suas composições futuras.
A vida profissional de Adoniran Barbosa se desenvolve a partir das interpretações de outros compositores. Embora a composição não o atraia muito, a primeira a ser gravada é Dona Boa, na voz de Raul Torres. Depois grava em disco Agora pode chorar, que não faz sucesso algum. Aos poucos se entrega ao papel de ator radiofônico; a criação de diversos tipos populares e a interpretação que deles faz, em programas escritos por Osvaldo Moles, fazem do sambista um homem de relativo sucesso. Embora impagáveis, esses programas não conseguem segurar por muito tempo ainda o compositor que teima em aparecer em Adoniran. Entretanto, é a partir desses programas que o grande sambista encontra a medida exata de seu talento, em que a soma das experiências vividas e da observação acurada dá ao país um dos seus maiores e mais sensíveis intérpretes.
O mergulho que o sambista fará na linguagem, suas construções linguísticas, pontuadas pela escolha exata do ritmo da fala paulistana, irão na contramão da própria história do samba. Os sambistas sempre procuraram dignificar sua arte com um tom sublime, o emprego da segunda pessoa, o tom elevado das letras, que sublimavam a origem miserável da maioria, e funcionavam como a busca da inserção social. Tudo era uma necessidade urgente, pois as oportunidades de ascensão social eram nenhumas e o conceito da malandragem vigia de modo coercitivo. Assim, movidos pelos mesmos desejos que tinha Adoniran de se tornar intérprete e não compositor, e a partir daí conhecido, os compositores de samba, entre uma parceria vendida aqui e outra ali, davam o testemunho da importância que a linguagem assumia como veículo social.
Mas a escolha de Adoniran é outra, seu mergulho também outro. Aproveitando-se da linguagem popular paulistana – de resto do próprio país – as músicas dele são o retrato exato desta linguagem e, como a linguagem determina o próprio discurso, os tipos humanos que surgem deste discurso representam um dos painéis mais importantes da cidadania brasileira. Os despejados das favelas, os engraxates, a mulher submissa que se revolta e abandona a casa, o homem solitário, social e existencialmente solitário, estão intactos nas criações de Adoniran, no humor com que descreve as cenas do cotidiano. A tragédia da exclusão social dos sambistas se revela como a tragicômica cena de um país que subtrai de seus cidadãos a dignidade.
O seu primeiro sucesso como compositor vira canção obrigatória das rodas de samba, das casas de show: Trem das Onze. É bem possível que todo brasileiro conheça, senão a música inteira, ao menos o estribilho, que se torna intemporal. Adoniran alcança, então, o almejado sucesso que, entretanto, dura pouco e não lhe rende mais que uns minguados trocados de direitos autorais. A música, que já havia sido gravada pelo autor em 1951 e não fizera sucesso ainda, é regravada novamente pelos “Demônios da Garoa”, conjunto musical de São Paulo (esta cidade é conhecida como a terra da garoa, da neblina, daí o nome do grupo). Embora o conjunto seja paulista, a música acontece primeiramente no Rio de Janeiro. E aí sim, o sucesso é retumbante.
Como acontecera com os programas escritos por Osvaldo Moles, que deram a Adoniran a medida exata da estética a ser seguida, o samba inspira Osvaldo a criar um quadro para a rádio, que se chamava História das Malocas, com um personagem, que faz sucesso, o Charutinho. De novo ator, Adoniran, tendo provado o sucesso como compositor, não mais se afasta da composição.
Arguto observador das atividades humanas, sabe também que o público não se contenta apenas com o drama das pessoas desvalidas e solitárias; é necessário que se dê a este público uma dose de humor, mesmo que amargo. Compõe para esse público um dos seus sambas mais notáveis, um dos primeiros em que trabalhou a nova estética do samba.
Entre a tentativa de carreira nas rádios paulistas e o primeiro sucesso, Adoniran trabalha duro, casa-se duas vezes e frequenta, como boêmio, a noite. Nas idas e vindas de sua carreira tem de vencer várias dificuldades. O trabalho nas rádios brasileiras é pouco reconhecido e financeiramente instável, muitos passaram anos nos seus corredores e tiveram um fim de vida melancólico e miserável. O veículo que encanta multidões, que faz de várias pessoas ídolos é também cruel como a vida; passado o sucesso que, para muitos, é apenas nominal, o ostracismo e a ausência de amparo legal levam cantores, compositores e atores a uma situação de impensável penúria.
Adoniran sabe disto, mas mesmo assim seu desejo cala mais fundo. O primeiro casamento não dura um ano; o segundo, a vida toda: Matilde. De grande importância na vida do sambista, Matilde sabe com quem convive e não só prestigia sua carreira como o incentiva a ser quem é e como é, boêmio, incerto e em constante dificuldade. Trabalha também fora e ajuda o sambista nos momentos difíceis, que são constantes. Adoniran vive para o rádio, para a boêmia e para Matilde.
Numa de suas noitadas, de fogo, perde a chave de casa e não há outro jeito senão acordar Matilde, que se aborrece. O dia seguinte foi repleto de discussão. Mas Adoniran é compositor e dando por encerrado o episódio, compõe o samba Joga a chave.
Dono de um repertório variado de histórias, o sambista não perdia a vez de uma boa blague. Certa vez, quando trabalhava na rádio Record, onde ficou por mais de trinta anos, resolveu, após muito tempo ali, pedir um aumento. O responsável pela gravadora disse-lhe que iria estudar o aumento e que Adoniran voltasse em uma semana para saber dos resultados do estudo... quando voltou, obteve a resposta de que seu caso estava sendo estudado. As interpelações e respostas, sempre as mesmas, duraram algumas semanas... Adoniran começava se irritar e, na última entrevista, saiu-se com esta: “Tá certo, o senhor continue estudando e quando chegar a época da sua formatura me avise..”
Nos últimos anos de vida, com o enfisema avançando, e a impossibilidade de sair de casa pela noite, o sambista dedica-se a recriar alguns dos espaços mágicos que percorreu na vida. Grava algumas músicas ainda, mas com dificuldade – a respiração e o cansaço não lhe permitem muita coisa mais – dá depoimentos importantes, reavaliando sua trajetória artística. Compõe pouco.
Mas inventa para si uma pequena arte, com pedaços velhos de lata, de madeira, movidos a eletricidade. São rodas-gigante, trens de ferro, carrosséis. Vários e pequenos objetos da ourivesaria popular – enfeites, cigarreiras, bibelôs... Fiel até o fim à sua escolha, às observações que colhe do cotidiano, cria um mundo mágico. Quando recebe alguma visita em casa, que se admira com os objetos criados pelo sambista, ouve dele que “alguns chamavam aquilo de higiene mental, mas que não passava de higiene de débil mental...” Como se vê, cultiva o humor como marca registrada. Marca aliás, que aliada à observação da linguagem e dos fatos trágicos do cotidiano, faz dele um sambista tradicional e inovador.
Adoniran Barbosa morre em 1982, aos 72 anos de idade.

Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Adoniran_Barbosa

sábado, 20 de novembro de 2010

O QUE É O PROJETO ?



O projeto Música e Cidadania sempre procura acolher toda oportunidade que maximize resultados positivos no que diz respeito a ações que transformem determinada realidade social ou mesmo alguma instituição.
O Projeto Música e Cidadania atende criança, jovens e adolescentes em situação de risco social ou não, para realizar um trabalho de iniciação musical tendo como referência a música popular brasileira e música clássica. Através desse trabalho, o projeto pretende combater a violência, promover o acesso da comunidade aos bens culturais e permitir que o conjunto da população participe do processo de produção da cultura.
De acordo com cada contratante, o projeto oferece oficinas de:
• Luthier (fabricação de instrumentos musicais com materiais recicláveis)
• Aulas de instrumentação como violão, Guitarra, Coral, etc.
• Musicalização infantil (onde as crianças conhecem os instrumentos e formam a bandinha mirim) entre outros.
• Orquestra de Violões (para os alunos que fazem aulas de violões ou já tocam o instrumento)

Durante as Oficinas os participantes receberão formação teórica e prática na área musical e ainda receberão aulas de cidadania. A idéia é formar agentes multiplicadores de arte e cultura (novos instrutores) e cidadãos comprometidos com a transformação de sua comunidade.

Projeto Música e Cidadania



O projeto Música e Cidadania tem um objetivo bastante nobre. A música pode não alcançar sozinha uma criança, mas funciona como uma ponte para alcançar diversos objetivos. Através da música trabalhamos valores morais, sociais, culturais entre vários outros.

® 2010-2011 Projeto Música e Cidadania – Vander Gonçalves © 44 9124-6039 - Apoio/Patrocínio: Ferragens Vitória, Podium Alimentos, Gênios do Teclado, Play Music, Vander Gonçalves Aulas de Música, ASAFIL Paranavaí e CECAP Paranavaí.