terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Aula 4 - Música "A abordagem naturalista"

De acordo com a primeira abordagem, a música existe antes de ser ouvida; ela pode mesmo ter uma existência autônoma na natureza e pela natureza. Os adeptos desse conceito afirmam que, em si mesma, a música não constitui arte, mas criá-la e expressá-la sim. Enquanto ouvir música possa ser um lazer e aprendê-la e entendê-la seja fruto da disciplina, a música em si é um fenômeno natural e universal. A teoria da ressonância natural de Mersenne e Rameau vai neste sentido, pois ao afirmar a natureza matemática das relações harmônicas e sua influência na percepção auditiva da consonância e dissonância, ela estabelece a preponderância do natural sobre a prática formal. Consideram ainda que, por ser um fenômeno natural e intuitivo, os seres humanos podem executar e ouvir a música virtualmente em suas mentes sem mesmo aprendê-la ou compreendê-la. Compor, improvisar e executar são formas de arte que utilizam o fenômeno música.
Sob esse ponto de vista, não há a necessidade de comunicação ou mesmo da percepção para que haja música. Ela decorre de interações físicas e prescinde do humano.


Referências
1.Mousike, Henry George Liddell, Robert Scott, A Greek-English Lexicon, at Perseus
2.Dicionário Aurélio do Século XXI
3."A Theatre Before the World: Performance History at the Intersection of Hebrew, Greek, and Roman Religious Processional" The Journal of Religion and Theatre, Vol. 5, No. 1, Summer 2006.
4.Nattiez, Jean-Jacques. Music and discourse: toward a semiology of music. [S.l.]: Princeton University Press, 1990. pp. 48, 55.
5.Wilkinson, Endymion Porter. Chinese history. [S.l.]: Harvard University Asia Center, 2000.
6.Alyn Shipton, A New History of Jazz, 2nd. ed., Continuum, 2007, pp. 4–5
7.Baroque Music by Elaine Thornburgh and Jack Logan, Ph. D.

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